Justiça Brasil
Operação da Polícia Militar prende agente apontado como executor de Gritzbach, e mira outros 14 acusados de elo com o PCC
Ação é conduzida nesta quinta-feira pela Corregedoria da Polícia Militar; empresário foi morto em novembro do ano passado no Aeroporto de Guarulhos
16/01/2025 12h05
Por: REDAÇÃO Fonte: Ascom
Imagem: Reprodução / Domingo Espetacular… - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2024/11/16/quem-e-quem-na-delacao-de-delator-do-pcc.htm?cmpid=copiaecola

A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo realiza nesta quinta-feira uma operação contra policiais militares acusados de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Entre os principais alvos está o PM apontado como executor do empresário Vinícius Gritzbach, morto em novembro do ano passado no Aeroporto de Guarulhos. A identidade do agente ainda não foi divulgada.

Além dele, a ação, denominada Prodotes, cumpriu outros 13 mandados de prisão preventiva e 7 de busca e apreensão em endereços na Grande São Paulo. Entre os presos, cinco tinham envolvimento direto com Gritzbach, e os outros tinham relação com outras pessoas da facção criminosa. O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, afirmou que o PM responsável por atirar em Gritzbach já está sob custódia da Corregedoria, mas o mandante do crime ainda é investigado.

— Esse inquérito policial militar (IPM) ainda não se encerrou, o mandante principal do crime a gente ainda deve concluir, seja pelo IPM, seja pela Corregedoria — falou Derrite, destacando que sua gestão "não vai permitir nenhum tipo de desvio de conduta de policiais" e que envolvimento com o crime organizado "é inaceitável".

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) destacou a operação em suas redes sociais. "As polícias de São Paulo têm compromisso inegociável com a ética e legalidade. Desvios de conduta serão severamente punidos e submetidos ao rigor da lei", escreveu.

A operação da Corregedoria foi motivada por uma denúncia anônima recebida pelo órgão em março de 2024, que apontava para a possibilidade de vazamentos de informações sigilosas por policiais militares da ativa, da reserva e ex-integrantes da força. Os dados vazados eram usados para favorecer membros da facção criminosa, de acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública de SP.

Entre os beneficiados estava Gritzbach, que também era escoltado por agentes da força policial. A investigação evoluiu para um inquérito instaurado em outubro, no mês anterior à morte do empresário. Quando ocorreu a morte, além do trabalho da Corregedoria, foi implementada uma força-tarefa para buscar os responsáveis pelo assassinato.

Até esta quinta, não se sabia se o responsável pela execução era do PCC, já que Gritzbach era jurado de morte pela facção, ou um policial. Agora que foi preso o PM responsável pelos tiros, resta ainda a apuração sobre os mandantes do crime.