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Falsa médica que intubou paciente em hospital do Tocantins usava registro de outra profissional, diz polícia

A 47ª Delegacia de Polícia de Guaraí está investigando o caso. Ludmylla Ferreira Alves responde por homicídio culposo, uso de documento falso e exercício ilegal da medicina.

REDAÇÃO
Por: REDAÇÃO Fonte: Ascom
17/01/2025 às 12h10
Falsa médica que intubou paciente em hospital do Tocantins usava registro de outra profissional, diz polícia
Euzébio Correia da Silva morreu aos 86 anos no Hospital Regional de Guaraí — Foto: Divulgação

Ludmylla Ferreira Alves, investigada desde o ano de 2021 por suspeita de exercer ilegalmente a profissão de médica, usava o registro profissional de outra pessoa quando trabalhou em um hospital do Tocantins. A informação é da Secretaria de Segurança Pública (SSP), que afirmou que o caso ainda está sendo investigado.

A falsa médica atendeu pacientes no Hospital Regional de Guaraí, na região centro-norte do estado. Um deles, o idoso Euzébio Correia da Silva, de 86 anos, morreu após ser intubado por ela e ter complicações no procedimento. Pela falta de apuração na contratação da mulher, o Estado foi condenado a pagar R$ 100 mil à família da vítima.

A SSP informou que a suposta médica está sendo investigada por homicídio culposo, uso de documento falso, por apresentar um número de registro do Conselho Regional de Medicina (CRM) de outra profissional, e exercício ilegal da medicina. A 47ª Delegacia de Polícia de Guaraí está investigando o caso.

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Desconfiança dos colegas

Em julho de 2021, os servidores do Hospital de Guaraí teriam percebido a falta de conhecimento de Ludmylla nos atendimentos aos pacientes. Os supervisores da unidade foram informadas e a direção descobriu na época que ela apresentou um documento falso que indicava que ela era formada em medicina no estado de Goiás.

Na época, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) disse que mulher chegou a atender alguns pacientes na unidade e que haveria uma verificação nos prontuários.

A direção registrou boletim de ocorrência e foi informada de que a mulher já é investigada pelo mesmo crime em outros municípios.

A SES afirmou em nota que encaminhou o caso à Corregedoria da Saúde órgão que trabalha nas respectivas investigações para as medidas cabíveis.

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Ação na justiça

Euzébio Correia da Silva deu entrada no Hospital Regional de Guaraí no período de pandemia, no dia 17 de maio de 2021. Diagnosticado com Covid-19, precisou ser internado e segundo a filha dele, Luzia Brito da Silva, ele ficou aos cuidados de Ludmylla.

No dia 22 de maio o idoso morreu após passar por um procedimento de intubação, conforme foi repassado à família. Até aquele momento, os filhos de Euzébio não tinham conhecimento que Ludmylla não era formada em medicina.

Eles só descobriram a suposta farsa quando o nome dela saiu em uma reportagem, citando que ela atuava ilegalmente. Por isso, Luzia e os cinco irmãos entraram na Justiça pedindo reparação pela situação que o pai passou.

A decisão da 1ª Vara Cível de Guaraí saiu no fim da tarde de segunda-feira (13). O Estado foi condenado a pagar os R$ 100 mil à família de Euzébio por danos morais.

"Sei que não vai trazer meu pai de volta. Sei também que dinheiro nenhum pode reparar a dor de uma perda. Porém, o Estado está sendo penalizado por um ato que eles cometeram, de contratar uma pessoa sem averiguar direito quem aquela pessoa era", disse Luzia.

Íntegra da nota da SSP:

A Secretaria da Segurança Pública do Tocantins informa que a suposta médica está sendo investigada por homicídio culposo, uso de documento falso (uma vez que usava ilegalmente o CRM de outra profissional) e exercício ilegal da medicina. O caso está sob a responsabilidade 47ª Delegacia de Polícia de Guaraí.

Íntegra da nota da SES:

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) não foi intimada oficialmente sobre a decisão até o momento, mas acompanha o caso e ainda em 2021, a Pasta realizou Boletim de Ocorrência junto às autoridades policiais e encaminhou o caso à Corregedoria da Saúde, que trabalha nas respectivas investigações para as medidas cabíveis.

Por fim, a SES-TO destaca que está à disposição do judiciário e órgãos de controle, para as diligências que coadunam com um Sistema Único de Saúde (SUS) digno à população tocantinense.

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