Israel não vai prosseguir com o cessar-fogo em Gaza até receber uma lista dos 33 reféns que serão libertados pelo Hamas na primeira fase do acordo que entra em vigor neste domingo (19), disse o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, horas antes da entrada em vigor do pacto.
"Não avvançaremos com o acordo até recebermos a lista de reféns que serão libertados, conforme acordado. Israel não tolerará violações do acordo. A única responsabilidade é do Hamas", disse Netanyahu em nota neste sábado (18).
O governo de Israel só aprovou oficialmente o de cessar-fogo na sexta-feira (17). Horas antes de sua entrada em vigor, os ataques . Faixa de Gaza prosseguem. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, bombardeios israelenses deixaram 88 mortos na sexta.
A aprovação foi um desafio para Netanyahu dentro de seu próprio governo. Membros linha-dura pressionaram o premiê contra o cessar-fogo.
Israel diz que cessar-fogo em Gaza começa na manhã de domingo (19).
Cerca de cem pessoas que foram sequestradas pelo Hamas em 7 de outubro de 2023 ainda estão sob poder do grupo, e a devolução deles é um dos pontos do acordo, que prevê também que Israel liberte centenas de palestinos presos em Israel e interrompa os bombardeios na Faixa de Gaza, podendo chegar a mais de mil detidos.
Não estão claros todos os termos do acordo de troca entre Israel e Hamas, mas a imprensa internacional especula que até 30 ou 50 prisioneiros podem ser libertados em troca de cada refém israelense.
A previsão de liberação dos reféns foi feita após o Gabinete de Segurança de Israel, órgão formado após o início da guerra na Faixa de Gaza, aprovar também o texto na sexta-feira (17) — esse passo era necessário para que os termos do acordo fossem aplicados por Israel.
O conflito na Faixa de Gaza foi intensificado em 7 de outubro de 2023, quando terroristas do Hamas fizeram uma invasão inesperada ao sul de Israel, matando mais de 1.200 pessoas e sequestrando mais de 200. No mesmo dia, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou guerra ao Hamas, que governava a Faixa de Gaza.
Ao longo de mais de um ano de guerra, bombardeios de Israel e incursões terrestres mataram cerca de 48 mil palstinos, segundo o Hamas, muitos dos quais civis, mulheres e crianças. As ações militares também reduziram grandes áreas da Faixa de Gaza — principalmente no norte — a escombros e causaram uma crise humanitária envolvendo toda a população de 2,3 milhões de habitantes do território.