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O advogado e professor universitário Eli Gomes da Silva, de Araguaína, usou suas redes sociais neste domingo (19/10) para manifestar indignação com a conduta de agentes da Agência de Segurança, Transporte e Trânsito (ASTT) durante um episódio que ele classificou como abusivo e humilhante.
Segundo o professor, o caso ocorreu quando ele levava a sobrinha para prestar o vestibular. Ele relatou que, ao trafegar pela Marginal Neblina, que tem limite de 50 km/h, encontrou uma viatura seguindo a menos de 5 km/h, devido a uma corrida de rua. Ao tentar ultrapassar com segurança, Eli afirma que o condutor da viatura jogou o veículo em direção ao carro dele e começou a gritar com postura agressiva sem motivo aparente.
“Baixei o vidro e pedi para falar com calma, para eu entender o que estava acontecendo. Aí vieram mais abusos, mais gritos e insultos. Fica a indignação, enquanto cidadão. É para isso, prefeito, que pagamos impostos? Para sermos tratados dessa forma, humilhados?”, desabafou o professor.
Ele criticou a falta de preparo e equilíbrio emocional dos agentes envolvidos na ocorrência. “O cidadão não está aqui como inimigo, mas como amigo. Ele merece respeito, cortesia e, no mínimo, que a lei seja cumprida. O que eu vi foi o oposto: desrespeito, humilhação e total despreparo. Não é porque a pessoa está de farda que tem o direito de humilhar ou maltratar”, afirmou.
O professor informou que pretende formalizar uma denúncia e abrir um procedimento para que o caso seja apurado pelas autoridades competentes. “Profissionais dessa natureza precisam ter inteligência emocional. O que resta é exigir que a lei seja cumprida. Não podemos aceitar esse tipo de postura”, concluiu.
Prefeitura de Araguaína se manifesta
Após a repercussão do caso nas redes sociais, a Prefeitura de Araguaína informou em nota que, há quase dez anos, a Agência de Segurança, Transporte e Trânsito (ASTT) presta apoio às corridas de rua realizadas na cidade. Segundo o órgão, durante todo esse período nunca houve registro de ocorrências de trânsito durante as provas, o que demonstra o compromisso das equipes com a segurança e a organização dos eventos.
A Prefeitura explicou que, na manhã do domingo (19), equipes da ASTT atuavam como batedores em uma corrida de rua de iniciativa privada, conforme solicitação prévia da organização. O acompanhamento consiste em seguir em baixa velocidade, com viaturas à frente e atrás dos corredores, alertando os demais condutores sobre a presença de pessoas nas vias — um procedimento considerado padrão e de amplo conhecimento público.
De acordo com a nota, no episódio divulgado em redes sociais, uma condutora tentou realizar uma ultrapassagem indevida sobre o veículo da ASTT que realizava o apoio à prova. A manobra foi advertida pelos agentes, que, segundo a Prefeitura, agiram de forma técnica e preventiva, evitando qualquer risco aos participantes.
Ainda assim, a ASTT informou que irá apurar internamente a conduta dos profissionais para avaliar se houve excessos de todas as partes envolvidas no episódio.
O órgão reforçou que, ao se deparar com eventos em via pública, os condutores devem manter a atenção redobrada e seguir as orientações das forças de segurança e trânsito, que atuam exclusivamente para proteger vidas e garantir o bom andamento das atividades.
A Prefeitura destacou ainda que, em alguns trechos, devido à geometria e largura das vias, é necessário o bloqueio momentâneo do tráfego para evitar acidentes, recomendando que os motoristas planejem seus deslocamentos e mantenham a calma diante de interdições temporárias.
“A Prefeitura de Araguaína reafirma seu compromisso com a organização, a fluidez e, sobretudo, a segurança de todos os que utilizam o trânsito de nossa cidade”, finaliza a nota.
